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Brigada Militar pede cancelamento do Carnaval de Rua de Rosário do Sul

O comandante do 3º Esquadrão da Brigada Militar, Capitão Magno Siqueira, solicitou em ofício à prefeita de Rosário do Sul o cancelamento do Carnaval de Rua do município. Os motivos seriam o baixo efetivo da BM, falta de reforços e de segurança privada, bem como irregularidades de veículos durante a festa. O caso da briga que resultou em pelo menos quatro pessoas esfaqueadas na madrugada desse domingo também motivou o pedido.  

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O consumo de bebidas alcoólicas e os casos de embriaguez ao volante também foram apontados no documento como agravantes da situação. O Capitão deixou ciente de que se a festa prossiga, a responsabilidade será da Administração Municipal. "Solicito a Vossa Senhoria o cancelamento do carnaval, pois não existe segurança necessária, mas caso vossa senhoria decida manter o evento fica ciente de suas responsabilidades como organizadora. Este oficial já informou o Comando do Regimento, e informará também o Ministério Público para providências", é afirmado no documento, referindo-se à prefeita Zilase Rossignollo Cunha (PTB).

O ofício possui várias considerações. Conforme o Capitão Siqueira, o efetivo de policiais de serviço não é suficiente para o evento do carnaval. Na última quinta-feira, ele já teria feito esse anúncio na imprensa local.

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A falta de contratação de segurança privada por parte da prefeitura também é citada no documento, bem como a questão de veículos rebaixados com som no local, que dificultariam o trabalho do policiamento. A situação teria sido informada à Administração Municipal, que alegou que poderia autorizar por ser um evento popular, e enviou uma lista de 19 veículos. Segundo a BM, destes, 14 estavam em situação irregular. "A Brigada Militar teve que recolher vários veículos no local, dificultando assim a segurança, pois estas medidas administrativas empenham um grande efetivo, e um tempo relativamente importante para que os policiais foquem em outros riscos, como brigas generalizadas que aconteceram", cita outro trecho do documento.

No ofício também é lembrado o fato de ter sido acertado com a prefeitura que o som não poderia ultrapassar às 5h da madrugada. Porém, no momento que foi desligado a população teria se inflamado contra a Brigada Militar, proferindo ofensas aos policiais, que não possuíam efetivo para garantir sua própria integridade. "Considerando que muitos indivíduos tumultuavam e desrespeitavam a Polícia Militar, dificultando assim a instituição da segurança adequada e que muitos condutores estavam dirigindo totalmente embriagados, circulando com crianças", completa o texto.

O Capitão Siqueira informou que a BM possui apenas 13 soldados para garantir a integridade de aproximadamente 10 mil pessoas, número que se aglomeraria nas imediações do Carnaval de Rua. Até a publicação dessa reportagem, o evento estava mantido pela Prefeitura de Rosário do Sul e o desfile das escolas de samba aconteceria no entorno da Praça Borges de Medeiros.

Julio Lemos/Gazeta de Rosário

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